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Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação incentiva a aposta por um Ensino Superior de qualidade

 

IMG 8630Discurso de Sua Excelência a Ministra do Ensino Superior Ciência, Tecnologia e Inovação, Profª. Doutora Maria do Rosário Bragança Sambo, na cerimónia de abertura da Segunda Conferência Científico-Pedagógica.

“A realização de eventos do gênero constitui sempre uma magna oportunidade para incentivar a cooperação científica, entre os diferentes actores do Subsistema do Ensino Superior, e do Sistema Nacional de Tecnologia e Inovação interagindo com a sociedade, através da divulgação dos resultados dos trabalhos de investigação, com um debate aberto, que estimula a continuidade da investigação.

A participação de estudantes, em eventos do gênero é encorajadora porquanto contribui para a sua motivação pela actividade científica, indispensável ao desenvolvimento do pensamento criativo, da inovação, e da capacidade de procurar soluções para resolver problemas.

A nobre missão das Instituições de Ensino Superior, de formar quadros capazes de promoverem o seu desenvolvimento individual, e por sua vez contribuírem de forma decisiva para o desenvolvimento do país, passa necessariamente pela produção do conhecimento, só possível com o interesse pela pesquisa.

A educação faz-se muito pelo exemplo, pelo modelo com que convivemos, e o professor tem o bom exemplo, e o bom modelo para o estudante e para a sociedade. A prática pedagógica tem de estar imbuída desse espírito modelar.

A forte demanda para o ingresso no Ensino Superior, exerce sobre as IES, uma forte pressão, que deve ser capitalizada com um esforço competitivo saudável, para a captação dos melhores estudantes. As IES que apresentarem à sociedade os melhores resultados, quer pelas actividades pedagógicas, quer pela investigação, como pela extensão, serão mais facilmente reconhecidas e atrairão os melhores estudantes e terão maiores probabilidades de reter os melhores docentes e investigadores. Serão assim também, as que maior captação de financiamento conseguirão.

Temos dentre outros, o grande desafio de implementar mecanismos para a avaliação regular dos cursos e das IES, bem como das instituições de investigação científica e desenvolvimento tecnológico e inovação, única forma aceitável de classifica-las em distintos patamares, desde a mediocridade, que não queremos, até a pretendida excelência.

Falar de qualidade sem avaliação criteriosa, e sem a divulgação pública dos resultados é prestar um serviço sem seriedade à sociedade.

Nas visitas que realizamos ontem nas Escolas Superiores Pedagógica e Politécnica do Namibe, impressionou-nos a gritante carência de docentes efectivos, sem os quais não deveremos sequer sonhar com a melhoria da qualidade de ensino, ainda que, tal como constatamos e felizmente, tenhamos uma boa oferta de infraestruturas.

Importa ressaltar também a importância da acção do Governo Provincial do Namibe, no esforço da melhoria de infraestruturas para as IES e, queremos agradecer essa assinalável cooperação de sua excelência, Senhor Governador Provincial do Namibe, porquanto as instalações que visitamos nas novas centralidades do Aeroporto e da Praia Amélia, que albergarão as Escolas Superiores Politécnica e Pedagógica do Namibe, permitirão oferecer melhores condições de trabalho para a comunidade académica.

Entretanto, sem um corpo docente que proporcione um rácio docentes-discentes aceitável, estará comprometido o nosso caminho da qualidade. Todavia, o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação tem a incumbência de colocar duas universidades angolanas, no mínimo, entre as 100 melhores de África, como proferiu e nos desafiou, sua Excelência o Presidente da República, no discurso sobre o estado da nação, e tal deverá ser feito com o engajamento de todos os atores do Subsistema do Ensino Superior, e do Sistema Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação, no qual se integram muitas IES. Apenas com o esforço coordenado de todos os actores conseguiremos progredir prestando um serviço de qualidade às nossas populações.

Esta Segunda Conferência Científico-Pedagógica da ESPdN é sem dúvida um importante contributo da UMN para a qualidade.

Felicito a ESPdN e a UMN pela realização desta Segunda Conferência Científico-Pedagógica e encorajo a publicação dos resultados dos trabalhos de investigação, preferencialmente em revistas indexadas.

Desejo a todos uma boa discussão e sobretudo que saiamos daqui mais firmes na intensão de melhorar a qualidade do Ensino Superior em Angola em consonância com a sociedade, sem esquecer o papel crucial da investigação, nem a importante crescente da prestação de serviços a comunidade.

Declaro assim aberta a Segunda Conferência Científico-Pedagógica da ESPdN.

Bem-haja”.

 

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