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VÍDEO - PROJECTO PALEOLEBA

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A Universidade Mandume Ya Ndemufayo apresenta o projeto de investigação PaleoLeba.

Coordenação: Daniela de Matos (INA, U. Tübingen, CGEO/ITM, U. Coimbra), Manuel Sahando Neto (Reitoria Universidade Mandume Ya Ndemufayo, Lubango), Aida Lussinga, José Fernandes (Instituto Superior Politécnico da Huíla, Lubango).

Vídeo Direcção e produção: Daniela de Matos - Edição e Montagem: Rui Francisco - Música: Bonga - Angola 72; Waldemar Bastos - Pretaluz.

Projecto sem fins lucrativos Todos os direitos reservados.

Sinopse Leba é o topónimo de uma localidade no município da Humpata, na Huíla, conhecida pelo famoso miradouro sobranceiro ao Namibe e pela estrada que serpenteia a serra pela escarpa abruta até às terras baixas do sudoeste de Angola. A palavra tem origem no dialecto local Nyaneka-humbi (“gruta”) um nome impresso com um significado profundo e ancestral sobre a riqueza de cavernas na região. As Grutas da Leba, localizadas entre os Municípios da Humpata e Chibia, constituem um importante e vasto complexo no Planalto da Chela, com características geológicas particulares, reflexo de condições climáticas do passado, que permitiram o seu uso como habitat de espécies animais e humanas ao longo do período Quaternário. Alterações ambientais posteriores e crescente aridez contribuíram para a redução das águas superficiais e formação de depósitos clásticos no interior das cavidades, incluindo fósseis e artefactos pré-históricos. O projeto PaleoLeba foca-se nos processos de formação das grutas e seus preenchimentos com o objetivo de reconstituir a paleo-paisagem do planalto desde a emergência das primeiras culturas humanas na Idade da Pedra. Desde Fevereiro de 2018 que o projecto tem vindo a realizar campanhas de prospecção dos sistemas subterrâneos e seu património, através do mapeamento, topografia e escavação dos sítios mais relevantes. Em meados de Junho de 2019, a equipa iniciou uma campanha de dois meses no terreno. A exploração subterrânea focou-se essencialmente nos principais sistemas cársicos da Formação dolomítica Leba-Tchamalindi: a colina da Malola (Grutas da Malola), colina de Nandimba-Tchivinguiro, colina da Tchaticuca (Grutas da Tchaticuca e Gruta do Omukongo), colina da Leba (Gruta da Leba) e colina de Cangalongue (Algar/Gruta de Nkangalongue). O objectivo da expedição foi mapear as entradas já conhecidas e outras cavidades, assim como topografar as principais grutas registando os seus vestígios fósseis, arqueológicos e espeleotemas. O registo actual da paisagem cársica da Leba conta com 45 grutas, entre um total de 60 sítios de interesse do ponto de vista do património geo-histórico e arqueológico. Os trabalhos desenvolvidos incluiram também a análise de águas subterraneas em diferentes nascentes e pontos de exsurgência com o intuito de lançar os primeiros dados cientificos e independentes sobre a pré-história, alteração da paisagem, mudança climática e qualidade da água. O projeto inclui a participação da comunidade local da Leba-Tchivinguiro e Chibia, a equipa da Universidade Mandume Ya Ndemufayo no Lubango, o grupo de professores e alunos do curso de Geologia e Minas do Instituto Superior Politécnico da Huíla, assim como elementos parceiros da Universidade de Tübingen (Alemanha), Universidade de Coimbra e Instituto Politécnico de Tomar (Portugal), Universidade do Connecticut (EUA) e Universidade de Bordeaux (França). Contamos também com o apoio do Museu Regional da Huíla e o Museu Nacional de Arqueologia de Angola em Benguela. Os trabalhos foram realizados com apoio da Universidade Mandume Ya Ndemufayo, o Instituto de Ciências Arqueológicas de Tübingen, o Centro de Geociências/Instituto Terra e Memória, a Fundação Leakey e Sociedade National Geographic.

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