ABERTO XXI FÓRUM DA REALP- Ministério do Ensino Superior, quer maior adesão de Universidades Angolanas na Rede de Estudos Ambientais de Língua Portuguesa
Prof. Doutor Domingos da Silva Neto, Secretário de Estado da Ciência
Tecnologia e Inovação
A cidade do Lubango testemunhou nesta quinta-feira (2/5) a cerimónia de abertura do XXI Encontro da Rede de Estudos Ambientais dos Países de Língua Portuguesa (REALP). Presidiu o evento o Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Domingos da Silva Neto, em representação da Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança Sambo.
Ao proferir o discurso de abertura Domingos da Silva Neto considerou ser importante a expansão da REALP nas Universidades angolanas, pela relevância da organização para as instituições a ela afiliadas. O académico disse na ocasião que “o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, está disponível para desenvolver um trabalho conjunto de formas a aumentar o número de instituições angolanas nesta iniciativa” e enalteceu o esforço empreendido pela organização do Encontro, por ter conseguido congregar várias sensibilidades que evidenciaram a multidisciplinaridade de várias áreas das ciências, preservando assim a participação da sociedade civil, com particular realce para a participação dos estudantes que considerou serem a continuação deste processo.
Vice-governadora para o Sector Poítico, Socia e Económico
Maria João Tchipalavela
Por seu turno a Vice-governadora Provincial da Huíla, para a Esfera Política, Social e Económica, Maria João Tchipalavela, representando o Governador Provincial da Huíla, Luís Manuel da Fonseca Nunes, destacou a significativa diversidade étnica, cultural e climática associado a estilos de vida particulares que caracterizam a província da Huíla, e o facto destes elementos serem afectados muitas vezes pelo fenómeno das alterações climáticas especificamente observados por ocasião de períodos longos de estiagem que acontecem principalmente na região mais a sul do território. Por isso, a governante enfatizou que a realização do XXI Encontro da REALP na cidade do Lubango, constitui uma oportunidade para estimular e potencializar os esforços desencadeados pelo ISCED – Huíla e pela no desenvolvimento de estratégias de valorização na gestão da biodiversidade nesta região. Maria João Tchipalavela destacou ainda que a Universidade Mandume ya Ndemufayo tem feito esforços para implementar uma rede de inovação e valorização do conhecimento científico popular, que envolve diversos actores académicos, cientistas, sociais e empresariais, com a intenção de criar uma íntima relação entre a academia e o desenvolvimento pleno da região, integrando o conhecimento académico e científico com as necessidades da comunidade, dando-lhes suporte e desenvolvendo os resultados da investigação e inovação criadas.
Ao albergar nas cidades do Lubango e Moçâmedes o XXI Fórum da REALP, a UMN torna-se na segunda universidade angolana a acolher um evento do género, depois da Universidade Agostinho Neto ter acolhido o XV Fórum em 2013.
Adesão da UMN na REALP será uma mais-valia para a Instituição
REITOR DA UMN - Prof. Doutor Orlando Manuel.J.F. da Mata
Falando na cerimónia de abertura do XXI Fórum da Rede de Estudos Ambientais de Países de Língua Portuguesa, que teve lugar nesta quinta-feira (02/05) na Mediateca do Lubango, o Prof. Doutor Orlando Manuel José Fernandes da Mata salientou que, ao aceitar o desafio de se associar a REALP e a Universidade Agostinho Neto, para albergar o evento a UMN demonstra as preocupações que tem para com os principais problemas ambientais que afectam todo o planeta em geral, e os países membros da Rede em particular, não medindo esforços para juntar vários especialistas que se dedicam ao estudo desses fenómenos, procurando explicar as suas causas, e apresentar propostas para a solução dos mesmos.
Para o Reitor da UMN, a realização do XXI Encontro da REALP representa para os participantes, uma oportunidade única para a partilha das experiências e dos resultados das investigações sobre diversas questões ambientais, e para que os investigadores possam obter contribuições para o enriquecimento destes estudos, e para que os mesmos sejam de facto úteis quando forem colocados a disposição da sociedade.
O académico chamou a atenção para três aspectos que motivaram a materialização dos planos adesão da UMN na REALP, sendo por um lado o facto de 18,2% dos cursos ministrados na Instituição formarem quadros para lidar no seu dia-a-dia directamente com questões ambientais, por outro lado, porque a UMN se encontra localizada numa região do país, onde o impacto das alterações climáticas tem-se revelado bastante agressivo e com consequências bastante negativas para as populações, situação que por si só, se torna num desafio enorme, pois a sociedade olha para a Universidade como parte da solução do problema, e por último porque a adesão a Rede de Estudos Ambientais dos Países de Língua Portuguesa, permitirá a cooperações com outras Instituições de Ensino Superior que já pertencem a Rede, permitindo essa partilha de conhecimentos, e também a aproximação da possibilidade de materialização da abertura de estudos doutorais na área do ambiente, sendo por isso uma mais-valia para a UMN, e para a sociedade da região em que está inserida.
O XXI Encontro da Rede de Estudos Ambientais de Língua Portuguesa decorre nos dias 2,3 e 4 de Maio nas cidades de Lubango e Moçâmedes sob o lema Ciência, Sociedade e Ambiente. A Investigação Ambiental no Ensino Superior.
David Anjos/Lídia Raimundo - GICD